Hoje, 24 de março, é o Dia Mundial de Combate à Tuberculose e visa divulgar a doença e conscientizar a população sobre a necessidade de uma vigilância constante para preveni-la e diagnosticá-la rapidamente.
A tuberculose é uma doença infectocontagiosa causada pela bactéria Mycobacterium tuberculosis. A forma mais comum da doença é a pulmonar. A transmissão é aérea e se instala a partir da inalação de aerossóis oriundos das vias aéreas, durante a fala, espirro ou tosse das pessoas com tuberculose ativa.
Dados do último relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que a tuberculose é a doença infecciosa que mais acomete, levando a óbitos jovens e adultos, ultrapassando o HIV. No Brasil, em 2020 foram notificados cerca de 70 mil casos, quando 4500 perderam a vida em decorrência da doença.
Ações do Programa Municipal de Combate a Tuberculose:
Em Salto do Jacuí, o programa conta com o trabalho da biomédica, Gisele Seibel e do médico Mário Rampelotto que realizam o acolhimento do paciente positivo quando chega na unidade de saúde.
Segundo Gisele, a tuberculose tem todo o tratamento custeado pelo SUS. São seis meses de tratamento e o exame de diagnóstico é o de escarro. O exame é feito em Salto do Jacuí e encaminhado para ser analisado na 9ª Coordenadoria de Saúde de Cruz Alta. “Apesar doença ser considerada um problema de saúde pública, a tuberculose tem cura, basta que o paciente tenha persistência em realizar o tratamento. Não há relatos de mortes ou abandono de tratamento em Salto do Jacuí. Realizamos um trabalho humanizado com esses pacientes, que são muito bem acolhidos pelo doutor Mário e por mim, isso é um diferencial aqui no Município”, enfatiza a biomédica.
Há um ano que não há paciente em tratamento por tuberculose no Município. De acordo com Gisele, a Vigilância Epidemiológica do Estado fez um informativo onde levantou a possibilidade de que os pacientes com tuberculose não estão chegando até a unidade de saúde em função do isolamento social e medidas de higiene que foram adotadas na pandemia. “Pode ser que a tuberculose tenha dado uma estagnada em função disso. Só que agora com as medidas de flexibilização ela pode voltar de forma expressiva, inclusive com surto. Essa é uma preocupação que temos”, destacou Gisele.
As amostras para exame de tuberculose são recebidas em turno integral. Pela manhã na farmácia básica e a tarde no ESF Portão.
Para controle da doença, explica a biomédica, a equipe deve realizar a busca ativa de 124 pacientes com sintomas, isso é um dado do Ministério da Saúde que estipula metas para os Municipios. “1% da população deve realizar o exame sendo que dois serão positivos e vão precisar de tratamento. Quanto mais cedo esses pacientes forem diagnosticados, mais cedo vão se tratar e se curar. É importante destacar que para receber o tratamento gratuito pelo SUS o paciente deve fazer o exame no SUS”, explica.
Gisele ressalta que é preciso eliminar o tabu, pois muitas pessoas têm preconceito em realizar o exame de diagnóstico da tuberculose porque tem vergonha. “Garantimos o sigilo que é um direito da pessoa que procura o SUS”, conclui.
A biomédica está todas as tarde no ESF Portão e se coloca à disposição para esclarecimentos tanto de forma presencial quanto pelo telefone 3327-1090.
Sintomas da tuberculose: Mais comum é a tosse que pode vir acompanhada de febre ao final da tarde, com sudorese noturna e emagrecimento rápido. Pessoas que tiverem tosse persistente por mais de três semanas, com produção ou não de escarro, devem procurar a unidade de saúde mais próxima para que seja feita a devida avaliação.
Comunicação/Administração Municipal